quarta-feira, 28 de julho de 2010

Espelho






Espelho

Todas as manhãs olho pro meu espelho,

Olho pro meu espelho e não vejo...

Não vejo como tudo deve ser, igual!

Eu simplesmente não vejo!

Fico, tomado pela angústia, procurando...

Procurando uma resposta, por que não vejo?

E tudo o que vejo é a infinita visão do tudo e do nada!

Procuro nos reflexos meus olhos...

Não vejo mais aquele brilho que me lembro ter um

dia!

Aquele sorriso que me fez ser eu ...

Então me perguntei: O que é real?

O que é reflexo?

Não sei... pensei!

Eu sou quem está do lado de lá?

Quem sou?!...

O despertar foi bruto, sorrateiro

e violento...

Nem tive tempo de me deixar pensar...

Se acordar era a chave de que libertaria minhas dúvidas,

Mas libertou e aqui estou...

Olhei para o espelho e percebi que não havia nada...

Não havia cor, não havia brilho...

Percebi que não havia amor!

Sem pestanejar, uma idéia de tirou da escuridão,

Peguei um punhado de lápis de cor

E comecei a redesenhar meu sorriso,

Redesenhar meu brilho e

Redesenhar meu amor!

Sergio A. Oliveira Neto

Um comentário:

  1. Muito bonito teu texto, Sérgio!
    E você redesenhou muito bem. Ao menos o teu sorriso, que é visível. Você é uma daquelas pessoas que 'sorri com todos os dentes'. E um sol se acende...
    Gostaria de ter te ouvido mais hoje na aula, mas o gongo tocou justo no teu tempo... Mas tempo não haverá de faltar...
    Bom domingo a você, muitas alegrias e muita paz.
    Abraço.

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