segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Oportunidades Diárias



Narra uma lenda chinesa que, às margens de imenso rio, vivia um pescador muito pobre.

Mal o rosto dourado da manhã se abria em sorrisos e as mãos brincalhonas da brisa matinal começavam a espalhar perfumes, ele se levantava e seguia para o rio.

As aves voavam alegres pelos ramos das árvores, em gorjeios maviosos. Mas nada disso animava Vicente, o pescador.

Ele andava lento, depois de se levantar com preguiça. Tomava o café matinal sem prestar atenção ao pão que fora servido, com carinho.

Com má vontade, naquela manhã, como em tantas outras, ele pegou suas redes de pesca, os apetrechos necessários e foi para o barco.

O dia prometia ser maravilhoso. A mãe natureza se esmerava em preparar um detalhe diferente, para que a reprise do dia anterior não fosse total. Um detalhe, afinal, é sempre muito importante.

Mas Vicente nada via. Foi resmungando para o barco. Sentou-se meio a contragosto, sempre reclamando e sentiu alguma coisa no chão. Sem olhar, apalpou com a mão direita. Encontrou uma sacolinha com pedras miúdas.

Distraído, sem ânimo para iniciar o trabalho da pesca, começou a jogar as pequenas pedras no rio, aguardando a chegada do sol.

Jogou uma a uma, divertindo-se com as ondulações que se desenhavam na superfície das águas.

Finalmente, o sol apareceu soberano, rasgando a escuridão da noite, com o seu punhal de luz.

Agora havia calor e muita luminosidade. O novo dia abriu seu manto de belezas para que todos o pudessem apreciar.

Vicente, ao pegar a última pedra, verificou que ela cintilava, refletindo os raios do sol. Examinando melhor, percebeu que se tratava de um diamante, explodindo claridade e beleza.

Levantou-se depressa e sacudiu a sacolinha. Estava vazia. Dando-se conta que jogara no rio uma imensa riqueza, Vicente se pôs a gritar, esbravejar, acusando todas as pessoas e o mundo por sua desgraça.

Sentia-se infeliz e amargurado. Perdera um grande tesouro. Jogara tudo no rio.

E, enquanto gritava e se desesperava, nem se deu conta de que ainda possuía nas mãos a última pedra preciosa.

* * *

Se você acordou esta manhã com mais saúde do que doença, você é mais abençoado do que o milhão que não sobreviverá esta semana.

Se você nunca passou pelo perigo de uma batalha, a solidão de uma prisão, a agonia de uma tortura, ou as aflições da fome, você está à frente de quinhentos milhões de pessoas no mundo.

Se você tem a ventura de frequentar um templo religioso, de seguir uma religião sem o medo de ser preso, torturado ou morto, você é mais abençoado do que três bilhões de pessoas no mundo.

Se você tem comida na geladeira, roupas no corpo, um telhado sobre a cabeça e um lugar para dormir, você é mais rico do que setenta e cinco por cento das pessoas do mundo.

Por tudo isso, não se esqueça de agradecer a Deus a oportunidade da vida, da saúde, da liberdade e de todas as outras bênçãos de que você desfruta.



Redação do Momento Espírita, com base no cap. 8, do livro Para sempre em nosso coração, de Maria Anita Rosas Batista, ed. Minas e Em prece, de autoria desconhecida.

Em 22.08.2012.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Brasileiro


A essência do brasileiro é constituída de diversas características incomum em outros lugares do mundo. Não há, de forma alguma, um brasileiro cuja história não seja incrível. Este povo, de respeitável admiração, representa o resultado de uma mistura de raças, culturas, costumes e conhecimentos, explicando assim, grandes tendências à arte, em todas as suas formas como na harmonia dos sons, pela música.
                                       É sabido que, no Brasil, a cada passo há um ritmo diferente, uma melodia sendo tocada, que a música é festejada com afinco, ela ilustra os diversos momentos ao longo da vida de um brasileiro. Povo abençoado este que, mesmo em meio a tantas dores, injustiças e sofrimento, encontra na música seu momento de redenção, de entrega.
                                       Usa com maestria a criatividade para expressar seu mais profundo sentimento, criando estátuas, pintando quadros, escrevendo poemas; em terras ‘brazilis’ não se faz distinção do branco e o preto, apenas interpreta-os como cores que compõe suas obras e expõe para o mundo a lição da vida em um linda aquarela. “Vejam essa maravilha de cenário...” Brasil de todas as cores e todas as raças, de sonhos e realizações. Este povo, verde amarelo, é Tiradentes pela liberdade, é Cartola em suas canções, Jorge Amado nas paixões literárias, na beleza da criação viu em sua história Mestre Aleijadinho deixar seu legado... “Brasil, um sonho intenso, um raio vivido...”, pois mesmo sendo um povo marcado pela dor, provocada por seus líderes, sorri, “levanta a poeira e dá a volta por cima”.
                                       As ferramentas do brasileiro são suas mãos, sua criatividade e sua alegria, tudo que há de necessário a terra lhe dá em troca de arado e não tem motivos para desejar o de fora com a desculpa de que seria melhor, pois quem é verde e amarelo bate no peito, arregaça as mangas e faz a vida acontecer, essa é a alma do brasileiro, essa é sua história.
“Terra adorada, entre outras mil, és tu Brasil, ó Pátria amada, dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada Brasil.”

Crônicas



Todos nós possuímos certas características internas – padrões comportamentais – tão arraigados dentro de nós que dão a sensação de serem impossíveis de mudar.

É como a história do homem a quem Deus diz para empurrar uma rocha. Ele tenta, tenta e continua tentando, empurra com toda a sua força durante semanas, meses e até anos, até que finalmente vai até Deus e diz: "Eu fiz o máximo possível! A rocha não sai do lugar!".

Deus responde: "Eu não lhe disse para fazer a rocha sair do lugar. Disse-lhe apenas que a empurrasse. Fazê-la sair do lugar é minha tarefa, mas veja como você ficou mais forte ao fazer essas tentativas".

Quando uma mudança parecer assustadora, lembre-se de que quando fazemos o esforço é que crescemos, só então a Luz vai ao nosso encontro, na metade do caminho, e se encarrega do resto.
Yehuda Berg



terça-feira, 28 de agosto de 2012

Ações e Palavras

O que você faz fala tão alto, que não consigo ouvir o que você diz.

O pensamento do filósofo e escritor americano, Ralph Waldo Emerson, precisa de nossa atenção.
Ações falam muito mais de nós mesmos do que nossas palavras.

Nossas palavras articulam-se por conveniência, por convenções e podem ser muito bem dissimuladas por força de nossa vontade, isto é, nem sempre contarão a verdade.
As ações mostram o que há em nossa alma, nossa índole, nossos valores.
É muito fácil falar. Mais difícil agir.

Francisco de Assis, missionário que resgatou a essência da mensagem do Cristo na Terra, em uma de suas pregações, afirmou:

A paz proclamada por vós com palavras deve habitar de modo mais abundante em vossos corações.
Isso significa que precisamos vivenciar algo para que nossas palavras e opiniões tenham peso. É a chamada autoridade moral.

Ela é válida na educação dos filhos, por exemplo.
Esses precisam identificar, nos genitores, o mesmo comportamento que estão exigindo deles.
Caso não encontrem essa referência, dificilmente seguirão qualquer recomendação educacional.
Os filhos poderão até obedecer, mas por medo, por ascendência da força, naquele momento.

Esse tipo de ascendência, porém, não dura. Tão logo se desvencilhem dos pais ou desenvolvam uma independência maior, voltarão a repetir as mesmas atitudes do ontem equivocado.
Resumindo: não aprenderam. Simplesmente atenderam a uma recomendação, por determinado tempo.
Por isso ouvimos falar na força do exemplo.

Os filhos copiam os pais em muitos aspectos. Imitam suas ações, sua forma de lidar com isso ou aquilo na vida. Seus conselhos só serão ouvidos se perceberem a força da autoridade moral embasando as falas.
A sabedoria de alguém não é medida pelo quanto ela sabe, conhece, mas pela qualidade de suas ações.
Vemos assim, no mundo, grandes vozes, de retórica impecável, mas cujas ações, no dia a dia, não condizem com seu verbo afiado.

Sobem nas tribunas do mundo, cantando a igualdade, a justiça, a defesa da população, quando em seu coração há apenas a busca pela satisfação de sua vaidade e egoísmo, tirando vantagem de tudo e de todos.
E muitas consciências de hoje estão tão doentes, tão obnubiladas, que nem sequer sentem algum tipo de remorso, culpa ou responsabilidade.

Despertarão mais tarde, possivelmente com a dor, com a força da lei de causa e efeito,colocando tudo de volta nos trilhos da alma descarrilhada.
Assim, cuidemos de nossas palavras e cuidemos de nossas ações.
O que fazemos fala muito mais alto do que aquilo que dizemos.

Lembremos do pensamento do filósofo:
O que você faz fala tão alto, que não consigo ouvir o que você diz.

Redação do Momento Espírita.
Em 15.8.2012.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Dia de Raul

No dia 21/08/1989, Morreria Raul Santos Seixas.



Foi encontrado morto ás 7 da manhã de segunda-feira pela empregada Dalva Borges. Que entrou no quarto como de costume para abrir a janela, observou-o, viu que o lençol o cobria até a altura do peito. Então, saiu para iniciar suas tarefas do dia, mas Raul não acordava e isso era incomum, geralmente, bastava um só ruido para ele se acordar. Preocupada, Dalva decidiu vê-lo denovo, encontrou-o do mesmo jeito, e sem reação. Julgou que havia morrido, passou então a telefonar para seus amigos, Marcelo Nova e Jerry Adriani, não conseguindo encontra-los, ligou para o parceiro José Roberto Romeira, que logo pediu a Dalva para colocar um espelho perto de seu nariz , para ver se ainda respirava. Mas Dalva voltou e falou que não saia vapor das suas narinas e que ele não dava sinais de vida. Junto ao médico Luciano Stancka, e de Marcelo Nova, José roberto se dirigiu ao flat de Raul, chegando lá o doutor verificou que ele estava morto havia algumas horas. Raulzito morreu de pancreatite aguda, causada pelo ecesso de bebida.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Eu sou brasileiro



A essência do brasileiro é constituída de diversas características incomum em outros lugares do mundo. Não há, de forma alguma, um brasileiro cuja história não seja incrível. Este povo, de respeitável admiração, representa o resultado de uma mistura de raças, culturas, costumes e conhecimentos, explicando assim, grandes tendências à arte, em todas as suas formas como na harmonia dos sons, pela música.
É sabido que, no Brasil, a cada passo há um ritmo diferente, uma melodia sendo tocada, que a música é festejada com afinco, ela ilustra os diversos momentos ao longo da vida de um brasileiro. Povo abençoado este que, mesmo em meio a tantas dores, injustiças e sofrimento, encontra na música seu momento de redenção, de entrega.

Usa com maestria a criatividade para expressar seu mais profundo sentimento, criando estátuas, pintando quadros, escrevendo poemas; em terras ‘brazilis’ não se faz distinção do branco e o preto, apenas interpreta-os como cores que compõe suas obras e expõe para o mundo a lição da vida em um linda aquarela. “Vejam essa maravilha de cenário...” Brasil de todas as cores e todas as raças, de sonhos e realizações. Este povo, verde amarelo, é Tiradentes pela liberdade, é Cartola em suas canções, Jorge Amado nas paixões literárias, na beleza da criação viu em sua história Mestre Aleijadinho deixar seu legado... “Brasil, um sonho intenso, um raio vivido...”, pois mesmo sendo um povo marcado pela dor, provocada por seus líderes, sorri, “levanta a poeira e dá a volta por cima”.

As ferramentas do brasileiro são suas mãos, sua criatividade e sua alegria, tudo que há de necessário a terra lhe dá em troca de arado e não tem motivos para desejar o de fora com a desculpa de que seria melhor, pois quem é verde e amarelo bate no peito, arregaça as mangas e faz a vida acontecer, essa é a alma do brasileiro, essa é sua história.

“Terra adorada, entre outras mil, és tu Brasil, ó Pátria amada, dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada Brasil.”

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Vamos pensar um pouquinho


Um ser humano deve ser capaz de mudar uma fralda, planejar uma invasão, carnear um porco, pilotar um navio, projetar um edifício, escrever um soneto, puxar o saldo de contas, construir um muro, encanar um osso, confortar os moribundos, cumprir ordens, dar ordens, cooperar, agir sozinho, resolver equações, analisar um novo problema, carregar estrume, programar um computador, fazer uma refeição saborosa, lutar com eficiência e morrer corajosamente. A especialização é para os insetos. (Lazarus Long personagem de Robert Heinlein)